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O artigo (em inglês) está hospedado no portal da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), abril de 2023. É possível realizar o acesso através do link.


Resumo

Objetivos. Desenvolver e testar uma estrutura de avaliação do potencial dos sistemas de saúde pública de manter um desempenho resiliente. Métodos. Dados quantitativos de bancos de dados públicos e dados qualitativos de relatórios técnicos das autoridades sanitárias brasileiras foram utilizados para desenvolver a estrutura, que foi avaliada e modificada por especialistas. A lógica fuzzy foi utilizada na criação de um modelo matemático para determinar a pontuação em quatro capacidades de resiliência (monitoramento, antecipação, aprendizagem e resposta) e um coeficiente agregado do potencial de resiliência na atenção à saúde. O coeficiente foi calculado utilizando dados anteriores à pandemia da doença provocada pelo coronavírus de 2019 (COVID-19). Esses dados foram comparados com medidas do desempenho real dos sistemas de saúde em 10 cidades brasileiras durante a pandemia. Resultados. O coeficiente de potencial de resiliência na atenção à saúde revelou que as cidades mais afetadas pela COVID-19 tinham menor potencial de desempenho resiliente antes da pandemia. Alguns sistemas de saúde locais tinham capacidades de resposta adequadas, porém as outras capacidades não estavam bem desenvolvidas, o que prejudicou o gerenciamento da propagação da COVID-19. Conclusões. O coeficiente de potencial de resiliência na atenção à saúde é útil para indicar áreas importantes para um desempenho resiliente e os vários tipos de capacidade de resiliência que podem ser considerados em diferentes contextos e níveis dos sistemas de saúde pública. Uma avaliação periódica do potencial de desempenho resiliente dos sistemas de saúde ajudaria a assinalar oportunidades para melhorias contínuas das funções desses sistemas durante situações de estresse crônico, o que poderia aumentar sua capacidade de continuar funcionando diante de perturbações repentinas.