Análise da Pactuação Regional – Rio de Janeiro
Este dashboard apresenta um estudo que explora as históricas disparidades regionais na distribuição da rede de média e alta complexidade e os limites impostos para o remanejamento dos tetos de…
Este dashboard apresenta um estudo que explora as históricas disparidades regionais na distribuição da rede de média e alta complexidade e os limites impostos para o remanejamento dos tetos de…
Este dashboard apresenta a descrição e análise da resposta dos governos municipais à diretriz do pagamento por desempenho na Atenção Primária à Saúde (APS) no programa Previne Brasil (PB) no…
Este dashboard é reflete um estudo que gerou a primeira versão do Coeficiente de Resiliência em Saúde (CORES). Sistemas de saúde resilientes devem se ajustar antes, durante ou após um evento inesperado, enquanto mantém resposta à demanda normal com qualidade e resolutividade. Mais do que mobilizar recursos para abordar um evento disruptivo, o comportamento resiliente reside em habilidades cotidianas de lidar com stress crônico, como aprender pela experiência, antecipar situações, monitorar o ambiente e responder adequadamente. Portanto, o potencial para o comportamento resiliente transcende a objetividade dos aspectos estruturais dos serviços, agregando também a subjetividade da avaliação dos modos de operação do sistema, como mostram os desempenhos ruins de alguns países com sistemas de saúde considerados fortes no enfrentamento à pandemia de COVID-19. Nesse sentido, apresenta-se um estudo de caso quali-quantitativo do potencial para resiliência dos sistemas de saúde dos 10 municípios que tiveram melhor e pior desempenho no enfrentamento à COVID-19 no Brasil, segundo epicentro da pandemia no mundo, a partir de um arcabouço conceitual baseado em habilidades resilientes cotidianas e agregando indicadores objetivos e subjetivos. Os resultados demonstram os efeitos difusos da pandemia sobre a governança dos serviços, mas também sobre as avaliações sobre a resiliência dos sistemas de saúde, que vai além da segurança, força e preparação descrita nos modelos avaliativos tradicionais.
O artigo (em inglês) está hospedado no portal da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), abril de 2023. É possível realizar o acesso através do link. Resumo Objetivos. Desenvolver e testar…
As health systems struggle to tackle the spread of Covid-19, resilience becomes an especially relevant attribute and research topic. More than strength or preparedness, to perform resiliently to emerging shocks, health systems must develop specific abilities that aim to increase their potential to adapt to extraordinary situations while maintaining their regular functioning. Brazil has been one of the most affected countries during the pandemic. In January 2021, the Amazonas state's health system collapsed, especially in the city of Manaus, where acute Covid-19 patients died due to scarcity of medical supplies for respiratory therapy.
The COVID-19 pandemic and its devastating health, economic, and societal impacts demonstrate how unprepared the world is for such immense public health emergencies. The increasing frequency of acute infectious disease outbreaks and trends such as population aging, rising chronic-disease burdens, and climate change raise the risk of syndemics - events in which two or more diseases adversely interact with each other and with political and economic conditions of inequality and poverty. COVID-19 is a bitter lesson in how these dynamics interact to cause profound suffering. The only way to prevent, prepare for, and manage these threats is by building resilient health systems to withstand shocks and improve health outcomes between crises. Enablers are crosscutting factors that influence all aspects of health systems: governance, partnerships, financing, human resources, and innovation. Core capacities essential for resilience include health intelligence; health service delivery, especially primary health care (PHC); community engagement and risk communication; and the health supply chain. The report details recommendations for countries to operationalize health system resilience and sets out a three-tier framework to help them prioritize investments based on their resilience impact: Tier 1: risk reduction - prevention and community preparedness. Tier 2: detection, containment, and mitigation capabilities. Tier 3: advanced case management and surge response.
Em sistemas de saúde, a resiliência se manifesta na capacidade de se adaptar às demandas ou aos eventos adversos e disruptivos, como epidemias e/ou desastres, ajustando o seu funcionamento a situações de estresse, antes, durante ou depois dessas perturbações excepcionais, enquanto mantém o funcionamento e a qualidade da assistência, preservando, assim, as suas atividades e propriedades regulares. Neste ensaio, apresentam-se alguns conceitos sobre a resiliência em sistemas complexos e exemplos de suas aplicações em sistemas e organizações de saúde, envolvendo a resiliência dos indivíduos, equipes e organizações. Destacam-se também desafios e perspectivas para o desempenho resiliente do Sistema Único de Saúde (SUS), que ganhou enorme atenção na pandemia da Covid-19. Conclui-se ressaltando a necessidade de mais pesquisas sobre diversos temas envolvendo a resiliência em saúde para fortalecer a capacidade do SUS para enfrentar os desafios cotidianos e futuras crises sanitárias.
ESTA EDIÇÃO DA REVISTA ‘SAÚDE EM DEBATE’ é resultado do compromisso do Centro de Estudos Estratégicos (CEE) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), para a disseminação de pesquisas e estudos sobre os dilemas e os desafios institucionais do setor público de saúde na contemporaneidade. O Número Temático Especial (NTE) oferece um painel abrangente e diversificado de artigos, ensaios, revisões e resenha em perspectiva doméstica e internacional sobre resiliência, sustentabilidade e capacidade institucional do setor saúde.
Este artigo descreve e analisa a resposta dos governos municipais à diretriz do pagamento por desempenho na Atenção Primária à Saúde (APS) no programa Previne Brasil (PB) no triênio 2020-2022. Ao instituir o PB em 2019, o Ministério da Saúde (MS) encaminhou a ruptura com o modelo de financiamento da APS, que era baseado na transferência per capita linear para os municípios e o Distrito Federal. Pela nova política, as transferências financeiras do MS decorreriam da análise dos resultados de sete indicadores de desempenho das equipes de saúde informados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. O artigo avalia a resposta dos governos subnacionais nos indicadores definidos pelo PB, utilizando os dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica do MS. Os municípios demonstraram baixa efetividade em relação aos compromissos de desempenho propostos pela pactuação na Comissão Intergestores Tripartite do PB no triênio investigado. De modo geral, os resultados de cobertura pactuados no PB são excepcionalmente baixos e especialmente indicativos de risco de epidemia por falha nas ações de vacinação. As decisões de implantação do pagamento por desempenho foram reiteradamente postergadas pelo MS, favorecendo a desmobilização dos governos municipais no desenvolvimento das ações de APS.
By the time the present study was completed, Brazil had been the second epicenter of COVID-19. In addition, the actions taken to respond to the pandemic in Brazil were the subject of extensive debate, since some diverged from recommendations from health authorities and scientists. Since then, the resulting political and social turmoil showed conflicting strategies to tackle the pandemic in Brazil, with visible consequences in the numbers of casualties, but also with effects on the resilience of the overall health system. Thus, this article explores the actions taken in Brazil to cope with the pandemic from a systems analysis perspective. The structure of the domain was analyzed using Work Domain Analysis, and the activated functions were analyzed using the Functional Resonance Analysis Method, identifying the variability resulting from the conflicting strategies carried out and the consequences to the capacity of the Brazilian health system to respond resiliently to the pandemic. Results of the study show that functions that overlapped the operation of the overall system were introduced, causing the health system to operate under conflicting objectives, in which functions were created to restrict the outcomes of each other during the entire COVID-19 crisis.