As funções essenciais de saúde pública nas Américas – uma renovação para o século 21. Marco conceitual e descrição

Este documento apresenta um marco conceitual renovado das funções essenciais de saúde pública (FESP) para a Região das Américas, com o qual se pretende dar maior clareza conceitual e operacionalidade ao novo campo de atuação da saúde pública e preencher uma lacuna nas propostas conceituais sobre o fortalecimento dos sistemas de saúde. O marco proposto apresenta um novo paradigma para a saúde pública, baseado em quatro pilares orientados para a ação: a necessidade de incorporar a abordagem dos direitos humanos às políticas públicas de saúde; a necessidade de a saúde pública ampliar seu enfoque para ter uma abordagem mais ampla dos determinantes sociais da saúde; o papel da saúde pública para garantir de forma integral e integrada o acesso a intervenções de base populacional e atenção individual de qualidade; e a necessidade de as autoridades de saúde atuarem em colaboração com outros setores e com a sociedade civil no desempenho das funções de saúde pública. São propostas e descritas 11 FESP apropriadas para a Região das Américas, contextualizadas como um conjunto de capacidades que fazem parte de um ciclo integrado de políticas em quatro etapas: avaliação, formulação de políticas, alocação de recursos e acesso. Esse modelo orienta o desenvolvimento de políticas integradas de saúde públicas por meio da colaboração intersetorial nas quatro etapas do ciclo. A proposta culmina em uma série de recomendações para a aplicação da abordagem integrada das FESP. Essas recomendações destacam a necessidade de vincular as FESP a exercícios nacionais de avaliação e melhoria contínua de capacidades.

Continue lendoAs funções essenciais de saúde pública nas Américas – uma renovação para o século 21. Marco conceitual e descrição

Qualificação e aperfeiçoamento de práticas de regulação, programação, gestão da informação, controle e avaliação em saúde | Relatório Final

De acordo com a Política Nacional de Atenção Hospitalar, o acesso à atenção hospitalar deve ocorrer de forma regulada, a partir de demanda referenciada e/ou espontânea, assegurando a equidade e a transparência, com priorização por meio de critérios que avaliem riscos e vulnerabilidades. A política ainda salienta que os hospitais, enquanto integrantes da Rede de Atenção à Saúde, devem atuar de forma articulada à Atenção Básica de Saúde, que tem a função de coordenadora do cuidado e ordenadora da RAS. Assim, a operacionalização da RAS dá-se a partir da articulação dos diferentes pontos, incluindo unidades básicas de saúde, os serviços de atenção secundária e terciária e os de apoio diagnóstico e terapêutico, de forma a contribuir para o alcance da integralidade da atenção à saúde. Este estudo contribui para uma análise da coordenação do cuidado a partir dos Núcleos Internos de Regulação (NIR) hospitalares. Sendo um estudo de caso situado em um hospital universitário localizado no estado do Rio de Janeiro, promove o entendimento a respeito das interfaces entre a rede hospitalar e a coordenação do cuidado, identificando os principais aspectos que afetam o trabalho do NIR na regulação da vaga ambulatorial no âmbito do SUS. O estudo teve como objetivo entender como a regulação do hospital universitário está inserida no complexo regulador e quais suas principais dificuldades de operacionalizar e regular os pacientes no município do Rio de Janeiro. Para isso foi realizada uma pesquisa de campo para a observação do trabalho e a aplicação de Gestão de Projetos de Pesquisa ResiliSUS - Qualificação e aperfeiçoamento de práticas de regulação, programação, gestão da informação, controle e avaliação em saúde 6º Relatório de Atividades – Janeiro de 2022 entrevistas semiestruturadas com os gestores do hospital e profissionais que desenvolvem suas atividades no Núcleo Interno de Regulação - NIR do hospital com a finalidade de apreender os processos de trabalho, a organização interna e o fluxo das demandas, além de mapear as principais dificuldades encontradas, os entraves para o funcionamento do sistema, bem como possíveis oportunidades de melhoria segundo a visão dos profissionais de saúde que atuam no hospital.

Continue lendoQualificação e aperfeiçoamento de práticas de regulação, programação, gestão da informação, controle e avaliação em saúde | Relatório Final

Qualificação e aperfeiçoamento de práticas de regulação, programação, gestão da informação, controle e avaliação em saúde

  • Categoria do post:Artigo
  • Comentários do post:0 comentário

Um estudo de caso situado em um hospital universitário localizado no estado do Rio de Janeiro, promove o entendimento a respeito das interfaces entre a rede hospitalar e a coordenação…

Continue lendoQualificação e aperfeiçoamento de práticas de regulação, programação, gestão da informação, controle e avaliação em saúde

Health systems resilience during COVID-19: Lessons for building back better

The COVID-19 pandemic represents a health system shock of unprecedented scale. Health systems resilience – defined as the ability to absorb, adapt, and transform to cope with shocks – is needed to ensure sustained performance of the health system functions (governance, financing, resource generation, and service delivery) so that the ultimate health system goals, especially that of improving health of the population, can be achieved. As we have witnessed, few countries could achieve this goal and even fewer could do so in a sustained way – leaving all countries with important lessons to learn. The lessons derived in this study can inform both the ongoing efforts, while countries are still grappling with the pandemic, as well as help ensure these efforts also incorporate a longer-term perspective, thus improving preparedness to any future health system shocks.

Continue lendoHealth systems resilience during COVID-19: Lessons for building back better

Community health workers’ attitudes, practices and perceptions towards the COVID-19 pandemic in Brazilian low-income communities

Background: Community Health Workers (CHW) are a category of social workers described in many countries' health systems as responsible for engaging people in their residences and communities, and other non-clinical spaces to enable access to health services, especially in low-income areas. These professionals have been exposed to numerous new risks during the COVID-19 pandemic. Objective: This study describes how the COVID-19 pandemic is perceived by CHWs who work in poor communities or slums in Brazil. Methods: We conducted an online survey with a random sample of 775 CHWs operating in 368 municipalities of the 26 Brazilian states. At a confidence level of 95%, results of the survey were subject to a maximum sampling error of 4%. Results: Our data indicate that the negationist agenda increases the challenges to the performance of CHWs within low-income communities, preventing the consensus on the necessity of social distancing, business closures and other measures to face the COVID-19 pandemic. Conclusion: The pandemic imposes unexpected challenges on the usual modes of interaction of public health officers with poor communities. This study provides evidence that these challenges have been ignored or minimized in Brazilian policy prescriptions for primary care in the face of the COVID-19 pandemic.

Continue lendoCommunity health workers’ attitudes, practices and perceptions towards the COVID-19 pandemic in Brazilian low-income communities

A ERGONOMIA DE CONCEPÇÃO NO PROJETO DE EMBARCAÇÕES PARA O SAMU 192

  • Categoria do post:Artigo
  • Comentários do post:0 comentário

Este artigo apresenta uma aplicação da Ergonomia de Concepção no desenvolvimento de um projeto para as embarcações utilizadas no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SAMU 192 no Brasil. O estudo partiu de uma análise ergonômica conduzida em cinco das seis coordenações regionais do SAMU 192 no país que oferecem serviço de ambulanchas habilitado pelo Ministério da Saúde. O serviço de ambulâncias aquáticas - denominadas ambulanchas - do SAMU 192 é responsável por viabilizar o atendimento de urgência e emergência a comunidades ribeirinhas e costeiras no Brasil. O estudo é parte de um projeto de pesquisa cujo objetivo foi avaliar e subsidiar a regulamentação do serviço de embarcações do SAMU 192. A coleta de dados ocorreu de forma participativa, por meio de entrevistas semi-estruturadas e observação do trabalho. A codificação e análise dos dados coletados durante as visitas de campo foi realizada por meio de análise de conteúdo utilizando uma matriz de inclusão, sendo as categorias de análise definidas a partir do arcabouço teórico da Engenharia de Resiliência. Como resultados foram produzidas especificações de projeto da embarcação ambulancha e arranjo espacial em desenho técnico abrangendo os seguintes elementos: casco, casaria, banheiro, arranjo espacial interno, posto do condutor, elementos de navegação, propulsão, segurança e salvatagem. O modelo projetado procurou solucionar questões sobre o arranjo interno, as dimensões da embarcação e a facilidade para embarque e desembarque dos pacientes. Os resultados do estudo forneceram orientações para a incorporação do componente de ambulancha à Política Nacional de Atenção às Urgências.

Continue lendoA ERGONOMIA DE CONCEPÇÃO NO PROJETO DE EMBARCAÇÕES PARA O SAMU 192

A ERGONOMIA E A ENGENHARIA DE RESILIÊNCIA NA FORMULAÇÃO DE DIRETRIZES PARA O SERVIÇO DE EMBARCAÇÕES DO SAMU 192

  • Categoria do post:Artigo
  • Comentários do post:0 comentário

Este artigo apresenta uma aplicação da ergonomia e do arcabouço da Engenharia de Resiliência à formulação de diretrizes para regulamentação do componente de embarcação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192 no Brasil. O estudo partiu de uma análise ergonômica conduzida em cinco das seis coordenações regionais do SAMU 192 no país que oferecem serviço de ambulanchas habilitado pelo Ministério da Saúde. O serviço de ambulâncias aquáticas - denominadas ambulanchas - do SAMU 192 é responsável por viabilizar o atendimento de urgência e emergência a comunidades ribeirinhas e costeiras no Brasil. O estudo é parte de um projeto de pesquisa cujo objetivo foi avaliar e subsidiar a regulamentação do serviço de embarcações do SAMU 192. A coleta de dados ocorreu de forma participativa, por meio de entrevistas semi-estruturadas e observação do trabalho. A codificação e análise dos dados coletados durante as visitas de campo foi realizada por meio de análise de conteúdo utilizando uma matriz de inclusão, sendo as categorias de análise definidas a partir do arcabouço teórico da Engenharia de Resiliência. Como resultados, foram produzidas especificações normativas para a implementação e manutenção do serviço, agrupadas pelos seguintes temas: composição e capacitação das equipes de embarcação e de regulação, uniformes/EPI’s das equipes, base descentralizada aquaviária, meios de comunicação, protocolos de atendimento, biossegurança e ações intersetoriais na gestão do componente de ambulancha, e especificações de projeto. Os resultados do estudo forneceram orientações para a incorporação do componente de ambulancha à Política Nacional de Atenção às Urgências.

Continue lendoA ERGONOMIA E A ENGENHARIA DE RESILIÊNCIA NA FORMULAÇÃO DE DIRETRIZES PARA O SERVIÇO DE EMBARCAÇÕES DO SAMU 192

UM PANORAMA DA OPERAÇÃO DO SERVIÇO DE EMBARCAÇÕES DO SAMU 192 NO BRASIL: A GESTÃO DA VARIABILIDADE NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA A COMUNIDADES RIBEIRINHAS E COSTEIRAS

  • Categoria do post:Artigo
  • Comentários do post:0 comentário

O artigo está hospedado no portal da Even3, para o XX Congresso Brasileiro de Ergonomia, 2020. É possível realizar o acesso através do link. Resumo Este artigo apresenta um panorama da operação…

Continue lendoUM PANORAMA DA OPERAÇÃO DO SERVIÇO DE EMBARCAÇÕES DO SAMU 192 NO BRASIL: A GESTÃO DA VARIABILIDADE NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA A COMUNIDADES RIBEIRINHAS E COSTEIRAS

DESAFIOS NA MANUTENÇÃO DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA FLUVIAL NO ALTO SOLIMÕES

  • Categoria do post:Artigo
  • Comentários do post:0 comentário

Este artigo apresenta uma análise das principais dificuldades de financiamento, implantação e manutenção do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) fluvial da região do Alto Solimões (AM) no atendimento às populações ribeirinhas. A pesquisa procurou destacar as dificuldades encontradas tanto na gestão quanto aquelas apresentadas pelas equipes de saúde. Para a realização desta pesquisa foram realizadas visitas a todos os municípios que possuem ambulanchas habilitadas pelo Ministério da Saúde na região do Alto Solimões. Os principais resultados destacam limitações de comunicação em áreas remotas, bem como dificuldades de mobilidade e transferência de pacientes, além de inadequações na composição das equipes de saúde.

Continue lendoDESAFIOS NA MANUTENÇÃO DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA FLUVIAL NO ALTO SOLIMÕES